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Às vésperas de inaugurar laboratório ampliado, Sedam recebe 35 a 40 pedidos de análises d’água por semana

22 de março de 2019 | sedam_coreh

A demanda entre 35 a 40 pedidos semanais de exames faz a equipe se desdobrar, mas o Laboratório de Água da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) estará de casa nova até esse semestre, na Vila Cujubim, Estrada do Santo Antônio, em Porto Velho.

Esta, pelo menos, é a expectativa da chefe da Divisão de Monitoramento da Qualidade da Água, Ester Alves. Ela e a equipe de três químicas e um motorista aguardam a instalação de modernos equipamentos, entre os quais, autoclave, estufa bacteriológica. incubadora de DBO*, purificadores,entre outros.

“São pedidos feitos por pessoas interessadas em regularizar a perfuração de poços amazonas e semi-artesianos, em atendimento à Lei 396 do Conama**, e também do crescente setor de piscicultura, mas aqui também atendemos à comunidade em geral e denúncias a respeito de qualidade da água”, explicou na quinta-feira (21) Ester Alves.

O ânimo da chefe da divisão supera quaisquer dificuldades. Ela lembra que o motorista, Fernando Novaes, atualmente é muito mais do que o profissional que apoiou a equipe na capital e no interior, pois formou-se em gestão ambiental e trabalha diretamente com as químicas do laboratório.

Com 70 análises de amostras d’água e efluentes industriais por mês, o Laboratório da Sedam cumpre com êxito o Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Água (Qualiágua) e o Progestão, programa de incentivo financeiro. De um lado, alcança metas de monitoramento, de outro recebe equipamentos de primeira geração, destacando-se o cromatógrafo, aparelho que separa ou purifica misturas.

Segundo Ester Alves, a Agência Nacional de Águas (ANA), gestora desses programas, premiará o Estado de Rondônia por consolidar o monitoramento atualmente feito em frigoríficos, curtumes, laticínios, entre outras indústrias que utilizam muita água e despejam efluentes.

“Esse prêmio importa em R$ 1.100, e é calculado por ponto da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade das Águas (RNQA), com reajuste anual; quando não se alcança a meta estruturante, há descontos, mas só perdemos um ponto uma vez”, explicou Ester.

A ANA cede a moderna aparelhagem. O cromatógrafo, por exemplo, avaliado em R$ 300 mil, é considerado top de linha.

Para atender ao Programa Qualiágua, em 2011 a ANA firmou contrato com a Sedam, passando a transmitir dados diretamente à sede do órgão, em Brasília. O laboratório trabalha no monitoramento de 26 pontos em bacias hidrográficas. As amostras são coletadas pela sonda EXO em trabalho de campo, com cinco parâmetros: condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos, temperatura, pH e turbidez.

A Sedam iniciou também a medição de vazão de águas com o aparelho M9.

Na RNQA, Rondônia faz parte do grupo de trabalho integrado pelos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. O grupo estadual é formado pela Caerd, Serviço Geológico do Brasil-CPRM, Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Universidade Federal de Rondônia, Emater, Agevisa e Secretaria Estadual de Saúde.

A leitura é passada ao computador e, assim, Rondônia dá mais um passo para o enquadramento de suas águas na Resolução Conama 357 (classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, estabelecendo também condições e padrões de lançamento de efluentes).

Essa lei abrange os seguintes critérios:
I – águas doces: águas com salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰;
II – águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰;
III – águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30 ‰;
IV – ambiente lêntico: ambiente que se refere à água parada, com movimento lento ou estagnado;
V – ambiente lótico: ambiente relativo a águas continentais moventes.

Amostras de água coletada no interior do estado

Relatório do Qualiágua menciona a logística de transporte: alguns pontos de coleta distam, via terrestre, até 750 quilômetros do laboratório em Porto Velho. Assim, recomenda a estruturação de dois laboratórios de análise de água: o segundo , na Unir, em Rolim de Moura, Zona da Mata.

O funcionamento de dois laboratórios reduz as distâncias a 350 quilômetros, a partir dos pontos de coleta.

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* D.B.O. significa Demanda Bioquímica de Oxigênio. É quantidade de oxigênio necessária para estabilizar a matéria orgânica. O método de tratamento com reator UASB + filtro biológico promove uma diminuição de até 90% do nível de DBO. Quanto menor o nível de DBO, menos poluente é o efluente.

** Conama é a sigla do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Frank Néry
Secom – Governo de Rondônia

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